sábado, 16 de outubro de 2010

IGREJOLAS E POLTICAGENS: HIPOCRISIA E OPIADO DA MASSA RELIGIOSA IGNORANTE

Desculpe-me, mas depois de ler conversas sobre política do Rubem Alves, acompanhar por vários dias as aberrações religiosas midiatizadas e, acima de tudo, ouvir vários religiosos opiados, ignorantes e fedelhos na fé. Resolvi escrever mais umas bobagens neste único espaço que me resta para desabafar meus tumores mentais à luz da fé cristã.

Não estou preocupado com a escrita, muito menos com o que acharão de mim após a leitura desse fiasco textual, apenas escrevo aquilo que me engasga e aumenta meu tumor cefálico, principalmente nos últimos dias politiqueiros. Claro, que não estou confundindo Política com politicagem, tampouco Igreja com igrejolas e muito menos generalizando a massa religiosa opiada desse brasilzão que dizem ser cristão.

Para me enlouquecer de vez, além das hipocrisias acerca do aborto e outras questões de cunho religioso afloradas nessas eleições e surtidas efeito nos analfabetos mentais Brasil afora; ligo meu ultrapassado computador e me deparo com um panfleto eleitoral: “Jesus é a verdade e a Justiça. Vote no 45”. Palhaçada esse negócio hipócrita e extremamente opiado.

Outra declaração eleitoral, agora do 13, diz: “Sou católica e respeito a religião católica e a religião cristã”. Quanta politicagem e extrema ignorância. Ser católica não é ser cristã? Cristã e católica não são a mesma coisa? Só faltou falar sobre a religião evangélica, talvez tenha esquecido.

Bastou as igrejolas entrarem no esquema da politicagem e da fé opiada da massa ignorante, fanática, fundamentalista e hipócrita que logo o assunto religião tornou-se tema crucial para decidir as eleições 2010. Basta ler um pouquinho da história do Cristianismo e logo perceberemos quanta hipocrisia religiosa, pois quem sempre matou, excluiu, explorou, escravizou, e enriqueceu ilicitamente, tudo isso em nome de Deus, agora defende a vida. Que vida?

Obviamente que as igrejolas as quais me refiro, representam uma grande parcela da liderança católico-evangélica brasileira corrompida, engessada e que sempre esteve a favor do sistema imperante, usurpador de toda e qualquer forma de liberdade religiosa. Claro que política e religião sempre estiveram de mãos dadas, mas me parece que dessa vez a coisa desandou pra valer. Bispos se vendem, pastores criam fama e roubam a fé alheia e, ainda por cima, igrejolas se declaram través de nota oficial, apoio a determinado (a) politiqueiro (a), agora, amantes do santo Evangelho.

As politicagens corrompem até mesmo pastores e padres Brasil afora, claro que se trata apenas de uma grande parcela, mas parece que o mar do opiado inundou de vez nossas igrejolas sem identidades e bastante contraditórias. Lembras?: “Faças o que eu digo, mas não faças o que eu faço”. Alguma novidade nisso tudo? Deixa pra lá.

Às vezes me sinto com vergonha de declarar que sou evangélico. Sabe por quê? Ligo meu velho televisor e estarrecedoramente assisto a um monte de bobagens religiosas decoradas, repetitivas, recopiadas e sem o mínimo de consistência teológica e muito menos bíblica e, ainda por cima, a serviço do império da politicagem, cujos pregadores, em sua maioria, fazem do púlpito e altar, antes sagrados, verdadeiros trampolins eleitoreiros, regados por propinas à luz da fé cristã.

Sinceramente, ter uma bancada evangélica onerosa no Congresso e cada vez mais representantes declarados ungidos de Deus e pregoeiros da justiça divina na esfera pública, em nada me anima, mas não sinto um mínimo de felicidade nesse fato, pois infelizmente, acredito que a grande maioria está a serviço dos seus cofres religiosos e status religioso, apenas isso.

De que adianta 30 ou 40 milhões de evangélicos espalhados por este território? Se levarmos em conta as divisões eclesiásticas, escândalos, desvios, enganações, inimizades e patrimônios pessoais construídos lá fora, logo veremos que de nada adianta mesmo. Acredito que quanto maior for o percentual maior será a busca desenfreada pela hegemonia político-religiosa. Não declarar imposto de renda dá nisso.

Enquanto cada um (a) defende seu ponto de vista, claro, aproveitando os poucos minutos de fama politiqueira para se posicionar a favor do dogma religioso, cresce a miséria, cresce a ignorância, cresce o analfabetismo, cresce a droga, cresce o ópio, cresce a vergonha da fé. Será que Deus tá nesse negócio? Coitado do Galileu andante.

Ainda bem que continuo a ter fé. Não se engane! Sinto-me à semelhança do Mestre Nazareno, com um belo chicote na mão, botando pra correr essa grande cambada de bandidos religiosos hipócritas. Sinto-me à semelhança do João Batista, gritando: raça de cobras venenosas e à semelhança dos profetas, não me conformando com essa palhaçada sem graça. Até quando meu Mestre?
Nulamente concluo.

Adriano Trajano
Pastor da Igreja Batista em Chã Preta/AL

Um comentário:

  1. ESTOU CHEIO DESSEES POLITICUUUZINHOSSSASSOBROSOSS E ENGANADORES VEJO UMA FÉ UNICA FÉ A LINDA E SANTA VOLTA DE JESUS ESSA É A MINHA UNICA ESPERANNÇAA JESUSS BLZZZ
    ANDEVERTON VITORINO DA SILVAAAA

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