quinta-feira, 6 de agosto de 2009

CONTO - Web adultério, uma nova forma de traição


Por Fábio Nazareth

As luzes apagadas, apenas o som do vento balançando as folhas das árvores no quintal, são aproximadamente três horas da madrugada - todos dormem tranqüilamente.

Vivaldino levanta-se com todo cuidado, desce as escadas com habilidade para não fazer nenhum tipo de barulho que possa acordar sua esposa e seus filhos.

A cozinha é sua primeira parada, recolhe alguns pacotes de biscoito, umas balas, um suco de caixinha e corre para o computador. Como uma criança ao descobrir um brinquedo novo, Vivaldino espera ansiosamente que tudo funcione o mais rápido possível. Assim, Vivaldino fica imóvel aguardando o momento certo para começar mais uma de suas aventuras diárias.

Tudo começou quando ele conversou com um amigo do trabalho, disse que estava vivendo momentos difíceis com sua família, e que não sabia o que fazer para tentar melhorar as coisas, sentindo-se assim cada vez mais desanimado.

Honorilton é um desses amigos que encontram sempre um jeito de ajudar. Trabalhavam juntos há seis meses e aproveitavam o horário do almoço para falar da vida. Certo dia, Honorilton observando o desânimo do amigo, comentou que descobrira uma ótima maneira de aliviar o cansaço e se distrair usando a Internet, e convenceu Vivaldino a conhecer uma sala de bate-papo.

Vivaldino tinha bastante habilidade com computadores mas nunca havia pensando em conhecer pessoas através da Internet. Vivaldino não topou entrar no chat, mas Honorilton não desistiu e conseguiu colocar o amigo para navegar, no horário de trabalho, por várias salas de bate-papo. Neste mesmo dia, Vivaldino conheceu várias pessoas, conversou bastante e sentiu-se bem aliviado.

A Semana passou e Vivaldino sentiu-se tentado a continuar participando das salas de bate-papo. Sem perceber, já estava fazendo isso todos os dias regularmente chegando a ficar depois do expediente na empresa para conhecer pessoas usando a Internet.

No início era apenas uma brincadeira, um lazer inofensivo que o ajudava a aliviar os problemas do dia-a-dia. Mas depois que conheceu Virgulina as coisas começaram a mudar.

Vivaldino confessou a Virgulina todas as suas frustrações, angústias e medos. Disse ainda que era casado e que não estava vivendo um bom relacionamento. Virgulina era uma mulher experiente, resolvida e que estava procurando alguém para conversar “sério”.

Em apenas duas semanas já se consideravam grandes amigos. O computador já não bastava e resolveram que deveriam se falar pelo telefone. Vivaldino começou a sair do trabalho sempre um pouco depois da hora, era a chance que tinha para conversar com Virgulina pelo telefone.

Os dias se passavam e a presença de Vivaldino na sala de bate-papo era obrigatória, estava cada vez mais chegando tarde, seus filhos chegaram a comentar que sentiam a falta do pai, mas Vivaldino não percebeu que sua presença era importante para resolver os problemas de sua família e continuava a usar boa parte do seu tempo livre com a Internet nas salas de bate-papo.

Certo dia, Vivaldino comunica sua esposa que vai viajar para fazer um curso na Capital e que ficaria o fim de semana longe de casa. Ela entende e procura confortar o marido dizendo que ele deve mesmo ir, pois seu trabalho é importante.

Vivaldino passa o fim de semana sem comunicação com a família e segunda-feira ao chegar, pela manhã, vai direto ao trabalho.

Honorilton está ansioso para conversar com Vivaldino no horário do almoço, assim que se encontram Honorilton sussurra no ouvido do amigo: como foi o cursinho? A Virgulina foi uma boa professora?

Vivaldino abriu um sorriso e respondeu:

Sim, a Virgulina foi uma pessoa usada por Deus para salvar meu casamento, ela me levou para um Hotel, lá tinha um congresso para pessoas com problemas de família e hoje sei o que preciso fazer para voltar a viver em paz com minha família.

Aprendi a reconhecer meus erros e lutar pelo que conquistei, minha esposa e meus filhos são o maior patrimônio que Deus me deu e merecem a minha atenção. Honorilton não acreditou no que ouviu e disse: “Sei. Conta agora a verdade”. “Esta é a verdade”, disse Vitalino. “Aliás, você também precisa conhecer a Virgulina”.

Fonte: http://www.familiaegraca.com.br/familiaegraca/

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