quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O QUE É NECESSÁRIO PARA ORAR MELHOR?


O que é necessário para ORAR MELHOR?

Mt 6:9-15

Há uma frase que eu sempre uso na igreja onde sou pastor: “Quem não ora morre espiritualmente e isso afeta todas as áreas da vida de uma pessoa”. Para Jesus a oração era imprescindível, era a maneira pela qual ele se mantinha conectado ao Pai.


A oração em primeiro lugar muda quem ora. Quem ora sempre melhora. Quem ora cresce na sua espiritualidade. Aqueles que desejam refletir a glória de Deus, precisa passar mais tempo em sua presença. Moisés passou quarenta dias em comunhão profunda com Deus, quando desceu do lugar da oração, ninguém podia fixar os olhos na sua face, pois ela refletia a glória de Deus (Ex 34.28,29). Quem passa muito tempo na presença de Deus em oração, fica marcado pela sua glória. Quem ora é melhor servo, discípulo, amigo, marido, esposa, empregado, patrão, professor etc. Se você está orando e não muda, algo está errado.

A oração é o termômetro que mede a sua espiritualidade. Não existe espiritualidade quando a vida de oração e pequena. A minha vida reflete o quanto eu estou orando. O tempo que passo com Deus em oração, determina o que eu sou diante dos homens. Quer saber se uma igreja, o pastor, o ministério, as mulheres, os homens, são espirituais? Olhe para os joelhos dessas pessoas. Eu não acredito no sucesso de um ministério que não leva a sério a “oração”.

A oração capacita-o a realizar para glória de Deus aquilo que de outra forma seria impossível. Orar é se apropriar daquilo que Deus nos disponibiliza para realizar o extraordinário para o louvor do seu nome. Quanto mais eu oro, mais eu quero ser útil como instrumento de bênção. Quanto mais oração, mais poder disponível. Quem deseja ver o céu se abrir e o “fogo de Deus” descer a semelhança do que aconteceu com Elias tem que ampliar sua vida de oração. Leia o que a Bíblia diz sobre esse herói da oração: “Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração. Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!”. (1 Reis 18:36-39)

A oração nos coloca acima das adversidades, nos faz ver os problemas de uma posição superior. É na oração que obtemos uma visão otimista diante das maiores adversidades. Quem não ora, jamais terá “visão” como de águia. A águia tem a capacidade de enxergar longe, voa alto, faz sua morada na rocha, dentre as aves é a que tem maior capacidade de “visão”, por isso ela é usada como símbolo quando se fala em “excelência”. As pessoas que buscam a Deus e desenvolvem a espiritualidade em sua presença são as que vêem o que os outros não conseguem enxergar. O melhor de Deus não é para os acomodados, indiferentes, distantes e conformados. O melhor de Deus é para os que tem fome da sua presença, da sua glória, do seu poder, da sua graça e do seu amor. Nenhum pai tem prazer em abençoar aqueles filhos desinteressados, distantes, desapercebidos e frios. O que Jesus disse para a igreja de Laudicéia pode servir para todos aqueles que estão distantes, com uma vida de oração pequena: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te”. (Ap 3.15-19)

A oração é uma arma que preocupa o nosso arquiinimigo. O diabo nunca teve medo de templos bem ornamentados, de pastores bem vestidos, de cristãos honestos e organizados, de placas de igrejas e de credencias de evangelista, presbítero ou pastor. A grande preocupação de satanás, é com aqueles que estão na presença de Deus andando na luz. Quem ora sempre será um valente que preocupará o exército inimigo. Agora talvez você entenda porque tudo parece contribuir para que você não ore. Uma igreja que menospreza a importância da oração, é como um exercito desarmado, desguarnecido, despreparado, vulnerável destinado à derrota. Observe como o apóstolo Paulo descreve detalhadamente a armadura do cristão e como ele termina: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,...” (Ef. 6.13-18). Depois que o apóstolo fala do cinturão, da couraça, dos calçados, do escudo, da espada do Espírito, ele fecha com ORANDO EM TODO TEMPO. Para ele, Paulo, a oração é que amarra todas as outras partes da armadura, ou melhor, tudo está ligado a oração e tudo depende da oração.

A oração faz você caminhar debaixo de um céu aberto. Quando alguém reclama que sua vida parece um deserto árido e que nada acontece e por isso nunca tem um testemunho de “benção fresca (nova)” para ser contado, com certeza o que está faltando é oração. Só é possível apropriar-se das riquezas de Deus, quem faz da oração o caminho para chegar onde esses valores estão guardados. Quando Israel, no tempo dos juízes, praticou aquilo que era mau perante os olhos do Senhor (Jz 6.1), como causa dessa transgressão, o próprio Senhor “fechou os céus” de sobre eles. Diz o texto que Deus os entregou nas mãos dos inimigos por sete anos (Jz 6.2). Sabe quando Deus voltou a ser favorável ao seu povo e agiu com graça? Em Jz 6.7-14 diz: “E sucedeu que, clamando (orando) os filhos de Israel ao Senhor por causa dos midianitas”; veja o que aconteceu:

Primeiro: “Enviou o Senhor um profeta aos filhos de Israel,...” O povo ora, e Deus começa todo o processo de libertação enviando um porta vos, um profeta com uma mensagem corretiva: “Assim diz o Senhor Deus de Israel: Do Egito eu vos fiz subir, e vos tirei da casa da servidão; E vos livrei da mão dos egípcios, e da mão de todos quantos vos oprimiam; e os expulsei de diante de vós, e a vós dei a sua terra. E vos disse: Eu sou o Senhor vosso Deus; não temais aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; mas não destes ouvidos à minha voz”. O Senhor faz questão de trazer a memória àquilo que eles esqueceram e que podia trazê-los de volta ao caminho de obediência. Como nós facilmente esquecemos dos feitos e da Palavra do Senhor... Tudo isso é conseqüência do deixar de orar.

No processo de libertação, como resposta do clamor do povo, Deus não só envia um profeta com uma Palavra, mas também envia um “anjo” com uma missão. Diz o texto: “Então o anjo do Senhor veio, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas. Então o anjo do Senhor lhe apareceu, e lhe disse: O Senhor é contigo, homem valoroso. Mas Gideão lhe respondeu: Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém agora o Senhor nos desamparou, e nos deu nas mãos dos midianitas. Então o Senhor olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu?” O céu voltou a se abrir e Israel agora triunfa sobre seus inimigos experimentando assim um grande avivamento. A oração é a chave que mantém o céu aberto.

A oração faz Deus parar para lhe perguntar: “O que queres que te faça?” (Lc 18.41). Havia um homem na cidade de Jerico, que a muito tempo por causa da sua cegueira física, “vegetava” a beira do caminho, sem nenhuma perspectiva de uma vida melhor no futuro. Mas quando Ele ouviu falar que Jesus por ali passava, começou a “orar”. “...clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim”. Depois de vencer alguns obstáculos “clamando”, o Evangelista Lucas diz que “Jesus parou...” Isso é tremendo! Como pode, um homem pobre, esmoler, mal cheiroso, cego, rejeitado pela sociedade, deficiente físico, fazer “Deus parar”. Quem parou foi o Senhor do universo, o Príncipe da Vida, O Rei dos Reis, O Verbo Eterno, O Sol da Justiça, A Estrela da Manhã, O Príncipe da Paz, o Supremo Pastor, O Ungido de Deus, o Maravilho.

Dá para você perceber o valor, a importância, o poder da oração? Nada mais pode tocar o coração do Senhor com tamanha intensidade do que a oração feita por uma pessoa cujo coração está faminto pelo seu “poder libertador”. Deus parou porque alguém resolveu orar de forma objetiva, insistente e determinada. Deus parou para responder a oração. “E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus...”. (Lc 18.42,43) Todos que desejarem ver “Deus parar” para fazer o extraordinário precisa aprender a orar de forma objetiva, insistente e determinada. Quando isso acontecer, nunca mais sua vida será a mesma.

APRENDENDO COM JESUS A ORAR MELHOR

O que é necessário para que a sua oração seja vitoriosa, tenha peso, significância e valor diante de Deus. Observe que, ao ensinar a oração do Pai Nosso em Mt 6.9-13, Jesus não estava passando aos discípulos uma “reza” para ser repetida todos os dias sem nenhum conteúdo doutrinário teológico. Muito pelo contrário, a oração do Pai Nosso é um conjunto de princípios que funciona de forma poderosa quando aplicados na vida do discípulo na sua trajetória em direção à sua morada eterna. Recitar esta oração é muito fácil e simples, mas o segredo está no “viver” aquilo que Jesus propôs. Convido você a refletir comigo sobre “como podemos orar melhor”.

v.9 - “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;

v.10 - venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;

v.11 - o pão nosso de cada dia dá nos hoje;

v.12 - e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;

v.13 - e não nos deixe cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]”

1) Orando com base na certeza de que é filho de Deus - “Pai nosso,...” Jesus poderia ensinar os discípulos a começar orando assim: Jeová nosso... ou, Criador nosso... ou, Nosso Rei ... ou Juiz nosso. Por que será que Ele ensinou os discípulos a começar com “Pai nosso?...” Jesus estava ensinando que o nosso relacionamento com Deus deve ser de “filho para com o Pai”, antes de ser “servo e Senhor”; “Rei e sudito”; “ovelha e Pastor”...

Partindo deste princípio, para orar bem, é necessário que você tenha convicção absoluta de que é filho de Deus. Quando Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo (Mt 4.1), a primeira investida do tentador contra Ele (Jesus) foi exatamente nessa área. Perceba como a arma do diabo estava bem direcionada, quando ele disse: “Se és filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”. (Mt 4.3) Ninguém ora com eficácia quando tem dúvida da sua filiação divina, e o maligno sabe disso. O apóstolo Paulo escrevendo a igreja que estava em Roma, disse: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados”. (Rm 8.16,17)

É fácil entender o que eu estou afirmando. Você teria coragem de se relacionar como filho com alguém que você não tem certeza de que é seu pai? Quantas pessoas entram em crise, quando não tem certeza da sua filiação em relação àquele que diz ser seu pai legítimo. Alguns chegam ao extremo de pedir um exame de DNA, para ter a certeza de que esse homem realmente é o seu pai biológico. A dúvida compromete o relacionamento, e não se poder orar bem quando se é dominado pela incerteza quanto a filiação divina. É função do Espírito Santo testificar com o nosso espírito que somos filhos de Deus. A convicção da sua filiação divina era um dos segredos do poder da oração feita pro Jesus. Quando se tem essa certeza você ora com ousadia, liberdade, confiança, determinação, segurança, fé e persistência. Não são muitos os cristãos que se relacionam com Deus com essa consciência de que é “filho”, eis a razão porque nem sempre as orações funcionam.

Jesus poderia ensinar os discípulos a começar orando assim: Jeová nosso... ou, Criador nosso... ou, Nosso Rei ... ou Juiz nosso. Por que será que Ele ensinou os discípulos a começa com “Pai nosso...”

2) Orando com base no conhecimento do caráter de Deus. Quanto mais eu conheço a Deus, melhor eu oro. Quem não cresce no conhecimento de Deus, nunca fará orações efetivas.

3) Orando comprometido com a “glória do nome de Deus”. “...santificado seja o teu nome;...”

4) Orando como o coração submisso ao senhorio de Cristo. “...venha o teu reino...” O desejo de ser dirigido em tudo por Aquele que reina soberanamente.

5) Orando com base na vontade de Deus. “...faça-se a tua vontade; assim na terra como no céu...”

6) Orando com espírito solidário. “... o pão nosso... o perdão para os nossos pecados... livra-nos... não nos deixe cair em tentação...”

7) Orando com um coração perdoador. “...e perdoa os nosso pecados, assim como nós já temos perdoado os nossos devedores...”

Pr. Josue Gonçalves
Fonte: http://www.josuegoncalves.com.br/familiaegraca/

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